Querida lagoa , estou convencido da tua infestação. Agoniza com atormentados sapos que pulam e gargarejam piedosas cifras . Ao lado e por todos os cantos os chupins avoam carregando nos bicos todo o oxigênio surrupiado . Querido lago , estou inconformado, estou de nariz achatado sentindo faros estranhos e manobras tenebrosas. Vai cair os sinos no andar infantil , vai chover farpas pontiagudas no peito da inocência. Vão transpassar corações que sonham com um sol bonito e um lago limpo , oxigenado para todos embarcar e continuar a sonhar e realizar um pouco do que se pode , ou o muito que deveríamos ter. Quem sabe, um freio nesta descida maluca seria ótimo. Frear, olhar , pensar e depois seguir adiante trabalhando, realizando e assoviando em um chão sem malandros terremotos. eds
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